DIA DA ESPOSA DO PASTOR PRESBITERIANO

“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR”. Provérbios 18.22

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No segundo domingo de dezembro convencionou-se na Igreja Presbiteriana do Brasil homenagear as esposas dos pastores presbiterianos. Gostaria de refletir neste texto algumas considerações sobre as esposas dos ministros e o importante papel que elas exercem junto aos seus maridos e filhos, cooperando para a glória de Cristo e o bem de sua igreja.

Em primeiro lugar, por que escolheram esta data?

Bem, em minha breve pesquisa não encontrei um motivo especifico. Acredito que o mais razoável é pensar que a IPB convencionou esta data, o segundo domingo, porque ele é um domingo antes de outra data comemorativa – o dia do pastor presbiteriano, cuja data oficial é dia 17 de dezembro, data em que foi ordenado o primeiro pastor presbiteriano, o Rev. José Manoel da Conceição.

Em segundo lugar, quem é esta mulher, a esposa do pastor?
A esposa do pastor, antes de tudo, é esposa de um cristão. Esposa de seu marido. Parece obvio dizer isso, mas não é. Não existe nas Escrituras esse título – “esposa do pastor”, o que existe são mulheres que a Bíblia descreve como esposas piedosas, mulher virtuosa, mulher sábia, e, simplesmente, esposa.

A esposa do pastor não é uma super-esposa. Ela não tem poderes especiais. Ela não é pastora porque é esposa do pastor. Ela não tem obrigações maiores que as outras esposas da igreja, porque ela é mulher do pastor. Ela é tão somente uma serva de Deus, uma esposa de um homem cuja responsabilidade de conduzir a igreja requer intercessão constante, amor, carinho e apoio.

Interessante notar que a Bíblia descreve como deve ser o caráter e os dons que devem acompanhar os ministros da igreja. São ao todo 21 requisitos! (Veja 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9.). Mas não encontramos nenhuma lista semelhante para a “mulher do pastor”. A mulher do pastor, portanto, é a pessoa que se casou com um homem, que Deus chamou para ser pastor. Ela possui um chamado especial? Não no sentido de ser “mulher de pastor”. Mas, assim como todas as esposas cristãs, ela possui um chamado para ser auxiliadora idônea, companheira, intercessora, mãe de filhos (as que podem), amiga, amante de seus maridos, serva de Deus, piedosa, dependente da graça de Cristo.

Em terceiro lugar, qual é a sua importância no Reino de Deus, na vida da igreja?

Ora, se ela, a esposa do pastor, é tão somente a esposa de um homem que foi chamado para ser pastor, parece então que sua importância foi diminuída, alguém pode pensar agora. Ledo engano! Apesar de, eu reitero isso, não existir fundamento bíblico para se tratar de um chamado especial para ser esposa de um pastor, o fato, por si só, da mulher ser esposa de um ministro, a destaca com importância especial diante do rebanho onde seu marido exercerá o seu ministério.

A mulher do pastor de uma igreja, muitas vezes se vê sacrificada em dividir o tempo da atenção de seu marido com a concorrência de todos os membros da igreja. Quantas vezes seu esposo chegará depois de um dia de visitações, aconselhamentos, expediente no escritório da igreja, preparação de sermões, estudos bíblicos, orações, e extenuado, sob pressões espirituais e emocionais de toda espécie, encontrará somente no ombro de sua esposa o consolo, a alegria, o carinho de uma mulher santa e sábia, que cuidará de suas feridas de alma, passará o balsamo de seu amor nos vergões das marcas que o ministério muitas vezes provoca, e que poucos conseguem observar? Nestas horas a sua esposa é uma válvula preciosa de escape, uma bênção de Deus!

Essa mulher é que terá que lidar muitas vezes com expectativas exageradas sob sua pessoa por parte da igreja, quando esta não percebe que a mulher de seu pastor, antes de tudo é mulher de um homem como qualquer outra mulher casada da comunidade dos crentes. Algumas expectativas, tais como ser a líder da SAF, ou cantar no coro, ou na equipe de louvor, ensinar no departamento de educação religiosa infantil, etc., pode muitas vezes criar um desconforto para aquelas que não foram dotadas por Deus de dons ou habilidades especiais para exercer tais funções, de forma livre, alegre e voluntária. Muitas vezes, é preciso que a igreja reflita e respeite, que o fato da mulher do pastor da igreja cuidar bem do seu lar, criar seus filhos sob a disciplina e admoestação do Senhor e amar o seu marido, já é suficiente. Ela cumpriu um papel extremamente importante, e um papel no qual sua missão foi bem descrita na Bíblia. Essa mulher é importante! E como é! Sem falar naquelas que possuem jornada dupla, trabalham fora e ainda gerenciar o lar.

Em quarto lugar, como esta mulher pode ser honrada?

Lembrar da esposa do ministro no segundo domingo de dezembro não tem sido muito comum, como deveria ser. Assim como tem ficado esquecido outras datas celebrativas do calendário presbiteriano. Talvez seja um reflexo da nossa perda de confessionalidade crescente. Contudo, justiça seja feita, observo que existem irmãs preciosas que, ao longo do ano, em diversas outras ocasiões e oportunidades, têm servido de boa amizade e lenitivo para minha esposa. Existem irmãs piedosas, que sempre lhe fazem um carinho, através de um agrado, uma surpresa, um bilhetinho, etc. E isso, penso, é uma boa dádiva de Deus.

Quatro coisas podem ser feitas para honrar a pessoa da esposa do pastor de sua igreja:

1. Ore sempre por ela, e sua família. Seja grato a Deus pela família pastoral. 

2. Não crie expectativas exageradas sobre ela. 

3. Respeite sua privacidade, e deixe-a à vontade para que ela mesmo escolha qual área da igreja ela poderá cooperar, caso queira.

4. De vez enquanto, escreva um bilhete, dê um abraço especial, faça-lhe algum agrado possível, dando provas de amor por esta mulher que tem apoiado o ministério de seu marido. 

Portanto, neste segundo domingo de dezembro, reflita, pense, e ore pela esposa deste homem, que Deus chamou para ser o pastor de sua igreja. Abrace-a e diga-lhe o quanto ela é importante para você, e para a igreja, onde juntos vocês servem a Deus.


Parabéns a minha querida esposa, e parabéns a todas as esposas dos servos de Deus, chamados para serem os ministros de sua Palavra. 

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