CORRUPÇÃO - O PROBLEMA ESTÁ NO DNA!






CORRUPÇÃO - O PROBLEMA ESTÁ NO DNA!
“Não há temor de Deus diante dos seus olhos. (...) Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.18,23  ARA). 

O Brasil parece estar mudando. Para pior, ou melhor? Ainda não sabemos, mas é evidente que não é mais o mesmo. Tudo começou com a deflagração do movimento passe livre em São Paulo, onde uma multidão, principalmente de jovens, foi convocada pelo que deve ser hoje o meio mais democrático e eficaz de comunicação instantânea e sem censura: as redes sociais, em especial o Facebook. O que vimos ultrapassou a reivindicação inicial, que parecia um tanto quanto tola  congelar as tarifas do transporte público em São Paulo, recuando um aumento decretado de R$0,20 (vinte centavos). Um fenômeno social, uma convulsão, levando pessoas de diversas faixas etárias e social às ruas, tomou conta inicialmente de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Depois se alastrou por diversas outras capitais e cidades de nosso país, não sendo mais possível mensurar o número de participantes do movimento. 
Infelizmente, aquilo que deveria ser um simples clamor popular por mudanças radicais na forma com que os governos administram pessimamente os altíssimos impostos que o povo brasileiro paga; um brado de insatisfação e tremenda indignação contra a corrupção e os gastos hiperfaturados relacionados à Copa das Federações, do Mundo e as Olimpíadas, passou a ser também um reduto confortável para infiltração de elementos estranhos, comandados sabe lá por quem, para promoção do vandalismo, saques, depredações de patrimônio público e privado, e enfrentamento das forças policiais, tumultuando e desvirtuando o propósito real e original dos movimentos de protestos populares nas ruas do país. 

A questão que se coloca a todos nós como imperativo de reflexão é: o que de fato precisa mudar em nosso país?
Muitos vão responder, até com legitimidade, que os governos precisam mudar. Executivo, Legislativo e Judiciário precisam de mudanças radicais. O povo cansou de ser explorado, espoliado, injustiçado e desrespeitado. Tudo bem! Somos concordes nisto. Mas a mudança verdadeira será promovida de cima para baixo? Sendo mais claro, será que somente políticos, governos e judiciário precisam mudar sua postura, índole, caráter e atitudes? Absolutamente NÃO! A ferida é mais profunda, o câncer moral e ético já tem metástase, e dilacera toda sociedade brasileira.

O problema está no DNA do povo brasileiro.
Somos o povo do “jeitinho”, das infrações contra todo e qualquer tipo de lei. Somente no nosso país se ouve dizer de “leis que pegaram”. Somos o típico povo que gosta de levar vantagem em tudo, salvo raras exceções. Somente no Brasil existe o superlativo “honestíssimo”, incoerência total. Não basta ser honesto (substantivo), é preciso ser “honestíssimo” (superlativo qualificador). Somos o povo que fura fila, que para o carro em fila dupla e desrespeita o direito de ir e vir de outros. Somos um povo idólatra desde a colonização. Pior, somos o povo que elege corruptos, ficha suja, gente que não se cansa de nos roubar. E depois, queremos mudança? Que moral temos? 

A mudança precisa começar em nós!
A verdadeira mudança da cultura do oportunismo e da corrupção de nosso país só será possível se ela for deflagrada no indivíduo, na célula familiar, nas comunidades de bairro, em nós mesmos, no nosso vizinho. Sou pessimista quanto a isto. Não vejo outra possibilidade de real mudança se não passar pela obra de Cristo, pela regeneração do Espírito Santo, que implanta na vida de pecadores mortos a vida de um Cristo vivo. O caráter, a cultura pecaminosa, o modus operandi do mal, só podem ser removidos, transformados e alinhados a uma ética verdadeiramente cristã, que remonta a um padrão moral elevadíssimo, se for operado um milagre de Deus – o novo nascimento!

“Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira;  nem deis lugar ao Diabo.  Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4.25-31  ARA).

Alguém poderia perguntar: “Então, somente se todo o povo brasileiro se converter a Cristo de fato é que teremos mudanças dignas de transformar nosso país?” Não! Seria utópico imaginar, apesar de não ser totalmente impossível, que toda a nação se voltasse para Cristo. Penso que bastaria uma mudança profunda naqueles que já se intitulam “cristãos”, uma reforma bíblica, um genuíno arrependimento, confissão de pecados, e tomada de atitudes de obediência à Palavra de Deus, para que essa parcela consubstancial de “cristãos” influenciasse positivamente toda a nação brasileira.  Não precisamos ser a maioria do nosso povo para promoção de mudanças. Precisamos ser apenas fiéis, diligentes, convictos, militantes, para que o testemunho de Cristo provoque mudanças que nenhuma passeata, marcha, protesto, etc. e tal, haverá de fazer.
"Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo; e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência" (II Coríntios 10.3-6  ARA).
Neste momento de convulsão das ruas, o que precisamos fazer é usar armas poderosas, eficazes e sobrenaturais – a oração do justo! “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. (Tiago 5.16  ARA).
“... e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Crônicas 7.14  ARA).
"Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador" (I Timóteo 2.1-3  ARA).

Deus tenha misericórdia de nós!

Rev. Afonso Celso de Oliveira


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